
A arrecadação estadual do Rio Grande do Norte por meio da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) registrou um salto histórico: de R$ 338,6 mil em julho de 2024 para R$ 1,5 milhão no mesmo mês deste ano, um aumento de 368%, segundo a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec).
De acordo com o secretário-adjunto da pasta, Hugo Fonseca, o crescimento está diretamente ligado ao início das operações da mina de ouro do Projeto Aura Borborema, em Currais Novos, que começou a produzir em junho. Só em julho, o empreendimento foi responsável por gerar R$ 1,13 milhão em compensações, sendo R$ 234 mil destinados ao estado e R$ 738,4 mil (60%) ao município.
Com isso, Currais Novos passou a ter uma arrecadação recorde: R$ 1,23 milhão em julho, contra apenas R$ 30,1 mil no mesmo mês de 2024 — um crescimento superior a 3.980%.
Segundo Fonseca, a projeção é que a arrecadação estadual chegue perto de R$ 4 milhões até o fim de 2025, acompanhando a expansão da produção de ouro, que ainda está em fase inicial. “Nem 10% da capacidade foi atingida. O ouro se tornou hoje a atividade mineral mais importante do estado em termos de arrecadação”, destacou o gestor.
Projeto de grande porte
O Aura Borborema recebeu investimentos de US$ 188 milhões e conta com reservas estimadas em 812 mil onças de ouro, garantindo uma vida útil inicial de 11 anos. A exploração é feita por lavra a céu aberto, com operação voltada exclusivamente para o ouro.
Além da arrecadação, a iniciativa tem impulsionado o comércio, os serviços e a geração de empregos diretos e indiretos na região do Seridó potiguar.
Terminal para minério de ferro
Outro movimento estratégico no setor é a previsão de lançamento, em novembro, de um edital para concessão de terminal exclusivo de minério de ferro no Porto de Natal. O objetivo é garantir infraestrutura para escoamento da produção e ampliar as exportações.
O projeto deve atender, entre outros, ao Ferro Potiguar, empreendimento do Grupo Fomento que está em fase de licenciamento ambiental e autorização fundiária. “Com logística assegurada, conseguimos viabilizar novas jazidas e atrair investimentos de empresas com responsabilidade socioambiental”, afirmou Hugo Fonseca.
Tribuna do Norte