Duas perguntas, duas respostas desconversadas e um silêncio que falou alto nos bastidores políticos do Rio Grande do Norte. Durante a feirinha de Santana de Caicó (RN), o ex-senador Garibaldi Alves Filho e o deputado estadual Dr. Bernardo Rosado foram instigados a falar sobre o futuro político do vice-governador Walter Alves — e ambos preferiram sair pela tangente.
A Garibaldi foi feita a seguinte pergunta: se Walter assumir o governo, ele poderá ser candidato à reeleição em 2026? O experiente ex-senador, ao invés de responder, apenas sorriu, agradeceu a pergunta e saiu de fininho, sem dar uma palavra que esclarecesse ou descartasse a possibilidade.
Já ao deputado Dr. Bernardo, o questionamento foi direto: o senhor defende a saída antecipada da governadora Fátima Bezerra, para que Walter sente na cadeira e consolide sua própria candidatura ao Governo do Estado? O parlamentar não respondeu. Mudou de assunto como quem evita acender um pavio.
A falta de respostas concretas dos dois nomes próximos a Walter Alves acendeu o sinal de alerta entre observadores da política potiguar. Seriam apenas cautela e respeito institucional, ou já há articulações discretas para preparar o terreno eleitoral?
Seja qual for o caso, o clima de mistério só reforça o que muitos já sussurram nos corredores da política: o nome de Walter Alves pode, sim, surgir como uma carta colocada à mesa — e talvez com mais força do que muitos imaginam. O silêncio, por vezes, fala mais que declarações. E nesse caso, o barulho foi ensurdecedor.
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